“Masturbação, Café e Teologia” apresenta o fotógrafo mineiro Gui Mohallen no seu ensaio intitulado: “Ensaio para a Loucura” (Rehearsal to Madness). Nesta série de fotos e relatos poderemos observar um pouco do comportamento do ser humano contemporâneo expresso no olhar dos fotografados e no olhar do fotógrafo. Na realidade houve um acordo entre ambos. Nesse acordo vemos que o fotógrafo a “olho nu” edita o que há de mais íntimo nessas pessoas: o memorial de/em vida das mesmas. Também vemos a intimidade, a “nudez”, a fragilidade do fotografado nessa experiência.
Numa espécie de êxodo ambos saem de si mesmos e vão ao encontro do outro desconhecido. Nesse encontro Gui Mohallem propositalmente retira a lente de sua câmera e se apropria dos textos.
No blog Fotoclube f/508, afirma o fotógrafo:
“O pinhole me aproxima do fotografado de várias maneiras. Ao mesmo tempo que se eliminam aberrações cromáticas e distorções pelas lentes, o elemento surpresa também ajuda muito. A impressão que tenho é que as pessoas não esperam que sua imagem seja realmente captada por aquele furinho no alumínio. Parece uma câmera cega, inofensiva”.
Neste “memorial digital”, nesse “êxodo” emergem o passado, o presente e o desejo de algo que os conduzirá para o futuro. Relaciono esse desejo ao movimento das fotos, onde os fotografados “dançam” de forma circular, como numa “ciranda”, que em seu significado rudimentar pode ser relacionada a essa “dança digital” e traduzida por uma vida mais abundante, onde outrora essa dança representava a esperança de uma pesca farta, de uma mesa farta.
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“I have no friends. This whole friend thing is bullshit. It’s all about interest. The less you expect from people the less disappointments you’re gonna have. Take my word.” |
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“I love my lover’s scent. He could go for days without a bath and I wouldn’t mind. Actually I feel kinda sad when he showers.” |
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“What makes me void is the way he used to admire me this is what I lost. This is what I really miss.” |
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“I am so scared of his rejection that I never ask him anything this way I can imagine that if I had only asked… maybe.” |
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“Passei a vida toda querendo uma aprovação dele esperando ele dizer um eu te amo. Acho que agora finalmente entendi que isso não vai acontecer nunca.” |
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“I don’t have time for a relationship. work already takes so much of me... friends keep setting me up with people but that's why I quit trying it won't work out anyway.” |
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“There were two main places: legs and head (though on the head it hurted way more). When I recall it. I can only be glad it's been long since it last happened.” |
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“Eu era uma criança muito triste. Quando cresci, aprendi a racionalizar as coisas e pintei várias camadas sobre a tristeza, mas ela ainda está lá, subterrânea…” |
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“Eu tava fazendo umas besteiras e eles ficaram com medo que eu me machucasse. Foi por isso que me trancaram naquele lugar.” |
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“O que eu mais odeio de trabalhar com arte é que eu só crio quando estou muito mal, ou muito louca.” |
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“I don't believe in death. I can’t get my head around it. No matter what they say, nobody is going to die.I just don’t believe in death as a possibility." |
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“I don’t understand why people insist on grief. Going to cemeteries, visiting graves… Why putting yourself into that kind of misery? Make believe they’re traveling. That’s what I do.” |
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“I’m so normal. Everything i do is so normal,i think so much before doing it… Even when i do drugs or sleep with a stranger it is very normal, you know, very framed within the borders of normality…” |
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"Whenever I am alone I have always 911 ready on my phone. You never know who they are and when they will attack you." |
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“There is something inside of me that wants to get out. I’m afraid if I let myself go my life would be a mess..." http://www.guimohallem.com |