segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ricardo Gomes [AGDL]

Masturbação, Café e Teologia” mais uma vez destaca o artista plástico brasiliense Ricardo Gomes. Nesta apresentação o veremos em doses homeopáticas, numa espécie de hiato artístico. São poucas as pistas desse “novo Ricardo” e de seus “novos homens e mulheres” que estão por vir. Também poderemos ver uma entrevista realizada no ano de 2010, publicada carinhosamente em seu site pessoal.
O que pude perceber desse “novo Ricardo” é que artisticamente ele incluiu o uso de instrumentos tecnológicos para o seu processo criativo, "deixando de lado" o perfume, a textura, a sujeira das tintas. Nessa virtualização de seus sentidos vemos a transparência e a simplicidade emergirem nesse “hoje” de Ricardo.
“Os homens de Ricardo”, nesse momento se mostram mais frágeis, desarmados de sua força fálico-anárquica. Parece que há uma intensificação de uma busca e descoberta interna no que diz respeito ao masculino, ao ser humano.
 Nesse “esboço” não há “anjos” (caídos ou não), “santos” (12 apóstolos), “pecadores” (ou excluídos socialmente). Arrisco em deduzir que há uma reconfiguração no que diz respeito à temática religiosa. Ouve-se um silêncio de seus personagens, um ar de mistério, um sono profundo (revelando dessa forma a sua espiritualidade).
Nessa breve exposição é anunciada um suicídio. Por mais absurdo que poça ser, quem morre, quem se mata é o próprio artista. Seria essa morte uma morte simbólica, ideológica, política, religiosa de uma visão unívoca do ser humano? Ou seria um novo nascimento repleto de esperança, de desejos, de coisas fundamentais para a vida, como: a amizade, a alegria, a poesia, o companheirismo, a afetividade?


Nasceu em Brasília no dia 10 de abril de 1978, atualmente reside em Taguatinga cidade satélite da capital.
 É pintor autodidata.
Inicia as atividades artísticas em 2005 com a exposição “CAOS no Espaço de Mulheres (CONIC)”.
Em 2006 participa do prêmio SESC de “Pintura em Tela Tributo Terra Brasilis” e expõe seus trabalhos no corredor de acesso ao plenário da câmara dos deputados.
Em junho de 2009 integra a mostra “Homo (Queer Remixed) Módulo II”.
 Em 2010 conta com a curadoria de Hugo Siqueira, na mostra “Teologia Erótica e Nudez Sem Contexto” e participa da performance coletiva “Viscosidade” no campus da UNB.


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